A importância da Engenharia Clinica na Administração Hospitalar

O atendimento na assistência médica atual requer o aprimoramento de inúmeros conhecimentos na diversidade de equipamentos inclusos no ambiente hospitalar. O processo tecnológico de diagnósticos, análises clinicas, ambiente cirúrgico, precisão cirúrgica e nas unidades intensivas e outras, visualiza-se um investimento importante de necessária avaliação nas suas manutenções e calibrações. A eminência da necessidade de reparos e suas validações requer conhecimento não só dos manuais de instalação, mas também a sua respectiva adaptação em ambientes adequados, apropriados a precisão do equipamento.

O incremento destas tecnologias no Brasil reveste-se da necessidade de avaliar o custo de investimento e o elevado processo de manutenção dos equipamentos e seus acessórios. A necessidade de qualidade dos profissionais, que são responsáveis por esta atribuição torna-se fatores que dificulta a inclusão de serviço próprio para tais atividades.

Nesta concepção, o cenário de uma nova realidade de gestão de saúde são as necessidades de compromissos com estes investimentos, inclusos no patrimônio da Instituição que são de fato um processo constante de atualizações e análise aprimorada da obsolescência diante das suas respectivas necessidade de baixa contábil e novos investimentos na reposição.

No contexto geral a importância destes patrimônios em serviços de saúde, pode dividir-se em equipamentos de diagnóstico e os de terapia, devendo ser acrescentados monitores de diversos padrões, ventiladores, bombas de infusão, eletrocefalografia (ECG), aparelhos anestésicos e etc. Mas, devemos considerar que as exigências legais requer a disponibilização dos manuais e capacitação continua aos profissionais habilitados para seu uso na assistência médica, vide exigências preconizadas na NR-32.

Dentro deste ambiente a atuação dos serviços de engenharia clinica, assumem de maneira essencial compromissos importantes na Gestão da Administração Hospitalar como:

  • Avaliar na aquisição e realização de novas tecnologias no ambiente hospitalar;
  • Controlar tais equipamentos médicos hospitalares e seus respectivos componentes em manutenções preventivas e periódicas;
  • Colaborar e sugerir medidas nos contratos de manutenções, controlando e acompanhando os serviços executados com controles periódicos dentro de cronogramas previamente estabelecidos;
  • Contribuir nos novos projetos de instalações de novos parques de equipamentos, observando as exigências técnicas, legais e sanitárias para a suas respectivas instalações no ambiente hospitalar;
  • Participar e indicar processos de melhorias para introdução de novos equipamentos e até mesmo acessórios que possam auxiliar melhorando a eficiência dos resultados requeridos para o equipamento instalado;
  • Comprometer-se na elaboração de relatórios de produtividade em todos os aspectos de gerencia e manutenção dos equipamentos, produzindo informações, estatísticas de qualidade e suas produções;
  • Também é ponto fundamental introduzir metodologias de treinamentos (técnicos) e na operação dos equipamentos instalados.

Desta forma analisando o contexto atual da Gestão Hospitalar é importante à inclusão de Serviços de Engenharia Clinica, pois atualmente o engenheiro clinico faz parte deste cenário de responsabilidades, como também está em evidencia a figura de inclusão do engenheiro hospitalar, que embora haja uma similaridade na ortografia são profissões diferentes e alçadas diferenciadas.

A importância desta figura no ambiente hospitalar já esta inclusa nos Estados Unidos desde 1970, onde há existência de legislação que condiciona que em hospitais com mais de 300 leitos é obrigatório um serviço de engenharia clinica.

No cenário nacional, a figura do Engenheiro Clínico ainda é tímida e em hipótese alguma deve estar atrelado ao Departamento de Engenharia de Manutenções e sim a Diretoria Técnica do Hospital, em face de sua similaridade de concepções no atendimento e bem estar do paciente, bem como das atuais imposições legais e sanitárias na introdução, manutenções dos equipamentos nos hospitais.

Dr. Edison Ferreira da Silva

dredisonfs@uol.com.br

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Dr. Edison Ferreira da Silva

  • Direito – Universidade Braz Cubas – UBC
  • Administração – Faculdade de Administração Alvares Penteado – FAAP
  • Administração Hospitalar e Gestão de Saúde – Fundação Getúlio Vargas – FGV
  • Saúde Ambiental e Gestão de Resíduos de Saúde – Universidade Federal de Santa Catarina UFSC e Fundação Getúlio Vargas – FGV
  • Gestão e Tecnologias Ambientais – POLI/USP

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