Revolução Industrial

A evolução humana está caracterizada por este processo evolutivo – consumo – produção que norteia a preocupação do crescimento populacional e econômico. A maioria da população da Europa vivia no campo e produzia e consumia de maneira artesanal e o produtor dominava o processo de fabricação.

Com este volume de produção predominava em países como a Inglaterra e França a fabricação artesanal, onde grandes oficinas passam a possuir um proprietário pela manufatura. Este conjunto de mudanças que aconteceram deram inicio a Revolução Industrial na Europa nos séculos XVIII e XIX substituindo os trabalhos artesanais por assalariados e com uso de maquinas.

A Revolução Industrial possui seu ápice na Inglaterra por possuir uma rica burguesia e facilidades para o livre comércio, proporcionando o êxodo rural e mudança para regiões próximas ao mar e facilitava a produção e a exploração marítima. Esta modalidade produtiva agregava quantidade expressiva de operários que laboravam em situações precárias de higiene, segurança e sérios problemas de saúde, diante dos ambientes insalubres. Com a presença de várias indústrias os empresários queriam lucrar cada vez mais e os operários eram explorados e forçados há trabalhar 15 horas em troca de salários humilhantes. Ademais havia agregar neste processo produtivo mulheres e crianças para obter sustento de suas famílias.

Destaca-se neste período da Revolução industrial que os trabalhadores trabalhavam de dez a dezoito horas por dia. As fábricas possuíam regras extremamente rígidas (era proibido falar, olhar para as janelas, etc.) tendo que seguir o ritmo das máquinas. Diante disso, alguns trabalhadores se revoltaram com as péssimas condições de trabalho oferecidas, e começaram a sabotar as máquinas, ficando conhecidos como “os quebradores de máquinas“.

Analisando algumas bibliografias descrevemos que a Revolução Industrial obteve três grandes fases:

Primeira Fase: a mecanização da indústria e da agricultura, nos fins do século XVIII, com o aparecimento da máquina de fiar (inventada pelo inglês Hargreaves em 1767), do tear hidráulico (inventado por Arkwright em 1769), do tear mecânico (por Cartwright em 1785), do descaroçador de algodão (por Whitney em 1792), que vieram substituir o trabalho braçal e a força motriz muscular humana, animal ou ainda da roda de água. Eram máquinas grandes e pesadas, mas com incrível superioridade sobre os processes manuais de produção da época. O descaroçador de algodão tinha capacidade para trabalhar mil libras de algodão enquanto, no mesmo tempo, um escravo conseguia trabalhar cinco.

Segunda Fase: a aplicação da força motriz à indústria. A força elástica do vapor descoberta por Dénis Papin, no século XVII, ficou sem aplicação até 1776, quando Watt inventou a máquina a vapor. Com a aplicação do vapor às máquinas, iniciam-se as grandes transformações nas oficinas, que se converteram em fábricas, nos transportes, nas comunicações e na agricultura.

Terceira Fase: o desenvolvimento do sistema fabril. O artesão e a sua pequena oficina patronal desapareceram para dar lugar ao operário e às fábricas e às usinas, baseadas na divisão do trabalho. Surgem novas indústrias em detrimento da atividade rural. A migração de massas humanas das áreas agrícolas para as proximidades das fábricas provoca o crescimento das populações urbanas, com o surgimento de favelas, redução das condições de saúde e, consequentemente, o aumento da mortalidade.

         As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam condições de trabalho em virtude dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias, com péssima iluminação, abafados e sujos. Os trabalhadores recebiam em contrapartida insignificantes salários.

         Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions uma entidade como um sindicato com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados havia nesta época movimentos mais violentos que propiciaram diversos direitos políticos para os trabalhadores.

O aumento da questão capitalista além de propiciar inovações de produtos e sobrevivência também fez surgir diante das questões de higiene pessoal, alimentação e o próprio processo de saneamento básico a existência de germes. Assim somente o século XIX com as produções cientificas de renome como Pasteur e Koch passa-se a observar-se como maior conhecimento acadêmico e cientifico as questões da saúde de pessoas e sua sobrevivência em ambiente com possibilidade de germes e bactérias.

A preocupação com ser humano e suas enfermidades atravessa fronteiras e passa a ser vista como uma visão abrangente de sobrevivência dos povos. Esta preocupação surge com a necessidade de conjugação de grupos de discussões, conferencias que possibilitasse maior análise e relevância da sobrevivência dos seres humanos.

Com estas preocupações surge a Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1948 com a relevância dos estudos que a “A saúde é o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade”

Edison Ferreira da Silva

dredisonfs@uol.com.br

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Dr. Edison Ferreira da Silva

  • Direito – Universidade Braz Cubas – UBC
  • Administração – Faculdade de Administração Alvares Penteado – FAAP
  • Administração Hospitalar e Gestão de Saúde – Fundação Getúlio Vargas – FGV
  • Saúde Ambiental e Gestão de Resíduos de Saúde – Universidade Federal de Santa Catarina UFSC e Fundação Getúlio Vargas – FGV
  • Gestão e Tecnologias Ambientais – POLI/USP

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