Situações do destino final de resíduos nas regiões brasileiras
Pesquisa de 1989 do IBGE demonstrou a gravidade do problema:
Regiões |
Lixões |
At. |
At. |
Usinas |
Outros |
Norte |
89,90 |
3,67 |
3,99 |
2,58 |
0,06 |
Nordeste |
90,67 |
2,25 |
5,45 |
0,74 |
0,89 |
Centro Oeste |
54,05 |
13,10 |
27,00 |
5,02 |
0,83 |
Sudeste |
26,58 |
24,62 |
40,48 |
4,41 |
3,91 |
Sul |
40,72 |
51,97 |
4,91 |
0,98 |
2,50 |
Brasil |
49,27 |
23,33 |
21,90 |
3,00 |
2,50 |
OBs.Valores expressos em porcentagem da quantidade de lixo coletado nas cidades
A situação de aterros sanitários não é recente e que demonstra uma preocupação dos municípios para a busca de alternativas para minimizar estes problemas, com a absorção de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo passa a ser alternativas para alterar diagnóstico mundial e antigo.
A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000, realizada pelo IBGE, revela uma tendência de melhora da situação de destinação final do lixo coletado no país nos últimos anos.
Em 2000, o lixo produzido diariamente no Brasil chegava a 125.281 toneladas, sendo que 47,1% era destinado a aterros sanitários, 22,3 % a aterros controlados e apenas 30,5 % a lixões. Ou seja, mais de 69 % de todo o lixo coletado no Brasil estaria tendo um destino final adequado, em aterros sanitários e/ou controlados. Todavia, em número de municípios, o resultado não é tão favorável: 63,6 % utilizavam lixões e 32,2 %, aterros adequados (13,8 % sanitários, 18,4 % aterros controlados), sendo que 5% não informou para onde vão seus resíduos.
Em 1989, a PNSB mostrava que o percentual de municípios que vazavam seus resíduos de forma adequada era de apenas 10,7 %.
Os números da pesquisa permitem, ainda, uma estimativa sobre a quantidade coletada de lixo diariamente: nas cidades com até 200.000 habitantes, são recolhidos de 450 a 700 gramas por habitante; nas cidades com mais de 200 mil habitantes, essa quantidade aumenta para a faixa entre 800 e 1.200 gramas por habitante.
A PNSB 2000 informa que, na época em foi realizada, eram coletadas 125.281 toneladas de lixo domiciliar, diariamente, em todos os municípios brasileiros.
As 13 maiores cidades são responsáveis por 31,9% de todo o lixo urbano brasileiro.Dos 5.507 municípios brasileiros, 4.026, ou seja 73,1%, têm população até 20.000 habitantes. Nestes municípios, 68,5% dos resíduos gerados são vazados em lixões e em alagados. Se tomarmos, entretanto, como referência, a quantidade de lixo por eles gerados, em relação ao total da produção brasileira, a situação é menos grave, pois em conjunto coletam somente 12,8 % do total brasileiro (20.658 t/dia). Isto é menos do que o gerado pelas 13 maiores cidades brasileiras, com população acima de 1 milhão de habitantes. Só estas, coletam 31,9 % (51.635 t/dia) de todo o lixo urbano brasileiro, e têm seus locais de disposição final em melhor situação: apenas 1,8 % (832 t/dia) é destinado a lixões, o restante sendo depositado em aterros controlados ou sanitários, 2.569 cidades vazam o lixo hospitalar no mesmo aterro dos resíduos urbanos.
Em 2000, a situação de disposição e tratamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde (RSS) melhorou, com 539 municípios encaminhando-os para aterros de resíduos especiais (69,9 % próprios e 30,1 % de terceiros), enquanto em 1989 apenas 19 municípios davam este destino aos resíduos sólidos.
Em número de municípios, 2.569 depositam nos mesmos aterros que os resíduos comuns, enquanto 539 já estão enviando-os para locais de tratamento ou aterros de segurança.A pesquisa mostra, também, que, entre os municípios com mais de 500.000 habitantes que destinam o lixo séptico em vazadouros a céu aberto, estão Campo Grande (MS), São Gonçalo (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Maceió (AL) e João Pessoa (PB).
Fonte:Pesquisa Nacional de Saneamento Básica ( PNSB ) , realizada pelo IBGE
( Instituto Brasileiro de Geografia Básica ) no ano de 2000,