O aumento da incidência das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) é uma das principais preocupações de saúde pública globalmente – segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas são responsáveis atualmente por 74% das mortes ao redor do mundo.
O grupo formado por condições como diabetes, obesidade, hipertensão e até câncer – e que tende a crescer ainda mais com o envelhecimento da população – tem feito com que países adotem iniciativas e proponham políticas públicas para não só evitar a sobrecarga nos sistemas de saúde, como melhorar a qualidade de vida das pessoas. Para atacar o problema, um dos alvos principais envolve os fatores de risco modificáveis, rol que engloba alimentação saudável, tabagismo, consumo de álcool e sedentarismo, dentre outros.
Só que mudar esse cenário não é simples. O estilo de vida moderno, com grande oferta de alimentos ultraprocessados (muitas vezes, a preços acessíveis), infindáveis opções de entretenimento por meio de telas e redes sociais e escassez de tempo livre, favorece a manutenção de hábitos não saudáveis. O resultado é que praticar atividade física, comer de forma balanceada, reduzir o uso de substâncias e até dormir de forma satisfatória acaba, se tornando hábitos cada vez mais ausentes da rotina das pessoas.
Em outra frente de atuação, a reforma tributária em discussão no governo federal também propõe a regulamentação do Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos considerados nocivos à saúde, como bebidas alcóolicas e cigarro. É um movimento que tem embasamento técnico bem estabelecido: ao lançar o manual de técnico de taxação de álcool, por exemplo, a OMS cita um estudo publicado na Lancet em que os autores apontam que aumentos de impostos – de 20% a 50% – demonstraram ser custo-efetivos no combate ao
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