A atual conjuntura demonstra que há uma fragilidade muito grande de muitas rotinas ser absorvidas por meios tecnológicos e inclusive algumas a distância. A repercussão desta realidade já incrusta que há uma tendência enorme de diminuir espaços físicos das empresas, escritórios e nos hospitais maior referência para atividades de assistência. Sendo certo que alguns estabelecimentos de saúde já observam a retirada de algumas atividades administrativas fora das dependência internas e inserindo-as nos quadriláteros ou em outros espaços até mesmo a distância de sua sede. Mas não devemos imaginar que com estas inovações tecnológicas e a possibilidade de home office sejam a salvação e a descoberta de redução de custos de mão de obra e outros custos indiretos.
Devemos salientar que os processos de educação corporativa, propicia encontrarmos, aumento capacidade intelectual dos colaboradores, habilidades e cumprimento das normas, conhecimento dos objetivos da organização, resolução de problemas, improdutividade, desperdícios, conflitos internos, desmotivação, etc. A capacitação dos profissionais pode gerar o benefício de retenção de talentos, sendo os treinamentos ferramenta para proporcionar o desenvolvimento da carreira, vislumbrando-se posições de mais destaque e com melhor remuneração na entidade.
Diante deste cenário estamos mais preocupados com esta educação continuada ou a sobrevivência da empresa?
Nos parece que uma depende da outra, nestes tempos difíceis de sobrevivência, tanto do Prestador de Serviços (intelectual ou físico) e daquele Tomador de Serviços. Os recursos humanos são carentes de desenvolvimento de educação básica e alguns casos são aprendizes de um ofício por tradições familiares ou mesmo da empresa.
Na verdade, existe aqueles que não passam informações com medo de perder o emprego e outros que não aceitam inovações e são avessas as mudanças. Como exemplo, podemos avaliar alguém que trabalha no automático e que não sabem ou até a muitos anos trabalham em uma única empresa/atividade e sempre fazem continuando fazendo as mesmas coisas.
Há muito tempo foi dado as entidades de saúde a responsabilidade de que eliminassem os Atendentes de Enfermagem (profissional que ajudava na deambulação e alimentação dos pacientes etc.). Alias a lei impregnava 10 (dez) anos para aperfeiçoamentos profissionais e até escolher a carreira de Auxiliar de Enfermagem. Passado o tempo, muitos ficaram no meio do caminho, carregando recipientes, papeis ,fazendo protocolos pois possuíam estabilidade de emprego, mas não havia como obrigar os mesmos a fazer um curso para mudar sua função.
Os auxiliares de enfermagem capacitados profissionalmente por condições técnicas e formação de aproximadamente um ano e meio de curso, possuem raras habilidades práticas com paciente, pois inexiste capacitação adequada e prática em seus cursos bem como os insignificantes estágios práticos. Enumera-se neste processo alto índice de reprovação destes profissionais por inabilidade em fazer conta de mais e menos (dosagem de medicamentos). Mas já se desponta o Técnico de Enfermagem, segundo consta mais qualificado e com conhecimentos técnicos avançados, mas continuam no mesmo processo de inabilidades em seus estágios, pois um põe a mão na massa e os demais olham e quando chegam na prática não sabem como fazer e resolver.
Isto nos faz lembrar que devemos observar os avanços da tecnologia e das profissões, mas primeiramente devemos ter um carinho especial pela educação, pela capacitação, pela formação profissional.
Edison Ferreira da Silva