Apontamentos Históricos sobre meio resíduos

1 – Natureza

Por toda existência no universo, desde os primórdios a natureza é grande no significado de observações não só por sua grandiosidade e mistérios, mas por sua sobrevivência natural dos seres vivos. Ao homem que é a imagem de Deus, tem a preocupação com seu ambiente e sua própria existência, preservando seus recursos naturais. A comprovação de que nenhum ser vivo consegue sobreviver em isolamento, afeta todos os organismos ( plantas ou animais ), pois necessitam de energia ou matéria do meio ambiente.

A questão de preservação do meio ambiente é uma preocupação mundial, apresentando-se inúmeras questões, sobretudo a necessidade de preservar a natureza, bem como na terra que vive.

2 – Ciência

A ciência que estuda as relações entre os seres vivos e o meio ambiente, dentro de cada espécie ou entre espécies diferente e denominada de Ecologia. Em 1836 utilizou-se este termo em face de experimentos do biólogo alemão Ernst Heinrich Kaeckel (1834 – 1919) que usou a palavra “ecologia” para descrever o estudo dos organismos e suas interações com o meio ambiente. Em seu estudo, baseou-se no termo grego “oigos” (casa), onde o biólogo descrevia o mundo vivo como uma comunidade na qual cada espécie tem um papel a desempenhar na economia global.

Por estes pensamentos, podemos afirmar que ao homem institui obrigações de existência, pois é o único animal racional, possuindo o livre arbítrio em suas decisões para a sobrevivência da espécie.

3 – Pai da Ecologia

Com a publicação do livro “Animal Ecology (Ecologia Animal) o ecologista britânico Charles Elton (1900 – 1991) é considerado o pai da ecologia. Na realidade de quantidade de seres vivos, qualquer população animal pode aumentar ou diminuir, dependendo como evolui seu hábitat. Na preservação do meio ambiente esta a continuidade da evolução das raças e a sobrevivência das gerações futuras.

Diante das situações que envolvem o crescimento populacional, podemos detectar de que forma o homem atua em suas adaptações ou modificações do ambiente natural, esta intervenção pode proporcionar a variedade de recursos obtidos e a não reposição, a intensidade destas intervenções, e finalmente a forma de desprezo dos resíduos no meio ambiente.

 

 

 

4 – Revolução Industrial

Com o advento da Revolução Industrial dos séculos XVII e XVI a interferência do homem sobre o ambiente teve grande ascendência, face o surgimento de tecnologias industriais que agregaram aos grandes centros urbanos em detrimento do rural uma maior concentração populacional. Por conseqüência desta evolução as ações humanas afetaram o meio ambiente até os nossos dias, transformando e inserindo no
contexto mundiais inúmeras pessoas preocupadas com a ecologia ou não preocupadas na busca de várias maneiras de reduzir a até mesmo repararem os danos causados ao seu ambiente de sobrevivência.

5 – Geração de Resíduos

Os consumos de bens materiais nas grandes concentrações humanas geram enormes processos de desprezo de materiais que afetam o bem estar da população, podendo trazer conseqüências graves na sobrevivência do homem. Ao examinar o conceito da palavra lixo, encontramos termos como – sujidade, sujeira, imundice – mas, podemos ainda agregar – coisas ou coisas inúteis, velhas, sem valor – bem como nos parece mais correto – tudo o que não presta e se joga fora diante dos resultados produtivos ou improdutivos com geração de resíduos. Desta forma, consumismo do ser humano aponta agregação de resíduos, muito lixo e que muitas vezes esta produção se quer é observada a possibilidade de reaproveitamento para diminuir os respectivos danos naturais ou para própria saúde de ser humano. A conceituação de reciclagem determina-se – repetição de uma operação sobre uma substância com o fim de melhorar propriedades ou aumentar o rendimento da operação.

Portanto podemos reconhecer que muitas coisas que desprezamos podem ser avaliadas para um novo rendimento. A população gera diariamente montanhas de lixo e muitas substâncias químicas complexas produzidas pelo homem, como plásticos, papel, metais e etc., estas substancias, muitas vezes não podem ter suas moléculas quebradas pelos decompositores, permanecem no meio ambiente sem nenhuma utilidade a não ser poluir.

Quanto as substâncias químicas e tóxicas, prejudicam o ecossistema e intoxicam pessoas, havendo inclusive o avanço do número de pessoas que criticam a produção de certos produtos, até que se possa manejar com segurança o lixo tóxico produzido diariamente nos grandes centros populacionais

6 – Preocupação Mundial

O que podemos observar que com a maior concentração geográfica da população em grandes centros é maior o desprezo diante do maior consumo de bens, gerando grande volume de resíduos ao meio ambiente.

A situação mundial que trata da produção de lixo demonstra inúmeras resoluções para o problema, proporcionando certo desconforto e urgência das providências a serem tomadas. Na identificação de lixo podemos classificar como – residencial – comercial – industrial – público e fontes especiais, estes por suas características especificam de geração de atividades como a aérea hospitalar e radioativa.

Para ilustração destes processos, podemos verificar que nos Estados Unidos, alguns lixões ficam muitos distantes, cerca de 500 quilômetros da cidade de Nova York.
Como o fato recente, o aterro sanitário foi desativado em 2001, acarretando um aumento do custo de transporte. Do volume de lixo arrecadado, somente 18% é reciclado e as despesas chegam a ordem de 15 milhões de reais por ano para efetuar o transporte para outras cidades. Em Tóquio a reciclagem de lixo chega a 50%, no Japão é difícil a localização de lixões, o transporte do lixo produzido é através de barcos para os países vizinhos, os quais cobram pelo serviço de tratamento.

7 – Algumas Situações no Exterior

Na França, em especial Paris já existe inovação quanto a providencia do poder público, inserindo no contexto legal desde 2002 a proibição de queima de resíduos que não possam ser reaproveitados. Com um sistema de associações entre as cidades, identifica-se que 78% do lixo é incinerados em municípios próximos a cidade de Paris.

No Canadá, precisamente na cidade de Vancouver o lixo domiciliar nas residências é recolhido pelo serviço público, mas nos edifícios os condomínios devem providenciar serviços de coleta de lixo. Na cidade de Roterdã há taxa de lixo paga pela população à Prefeitura, com incineradores que queimam mais de 1 milhão de toneladas de lixo por ano.

Em São Paulo sua população de 10 milhões de paulistanos, a produção de lixo gira em torno de 10.000 toneladas por dia, só de entulhos a cidade produz 5000 toneladas/dia. A preocupação aumenta na atual conjuntura, pois, cinco aterros sanitários da cidade esta com a sua capacidade máxima de armazenamento, agrega-se ao fato da produção de lixo da cidade paulista, somente 15% do lixo é reciclado.

A preocupação com a geração de lixo é evidente, pois em pesquisa publicada recentemente pela Secretária Municipal de Serviços e Obras da cidade de São Paulo, demonstra a produção de lixo domiciliar diária por habitante em algumas cidades do mundo. Osaka (Japão) – 1,9 quilos/dia – Nova York (EUA) – 1,5 quilo/dia – Roterdã (Holanda) – 1,4 quilo/dia – Paris (França) – 1,4 quilo/dia São Paulo (Brasil) – 1 quilo/dia

8 – Brasil

No Brasil o que mais chamou atenção dos profissionais de saúde é a pesquisa Nacional de Saneamento Básica ( PNSB ) , realizada pelo IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia Básica ) no ano de 2000, onde foram pesquisados vários municípios brasileiros quanto a coleta de resíduos de serviços de saúde.

Do apurado quantitativo de 4000 toneladas/dia são produzidos nos 5507 municípios brasileiros pesquisados. Deste total 20% dos resíduos é constituído por matérias capazes de transmitir doenças, potencialmente tóxicas e radioativas. Acrescenta-se ainda a pesquisa, que grande parte deste material é despejado em ambiente sem tratamento. Curiosamente, nesta pesquisa revela-se que do total de municípios pesquisados 1192 admitem que nos resíduos de serviços de saúde são despejados do meio ambiente sem qualquer tratamento e 2041 municípios não coletam o lixo de maneira diferenciada como determina a legislação.

9 – Resíduos Hospitalar

Ao observamos estes apontamentos, não vislumbramos comentários sobre os resíduos de serviços de saúde, tanto que tais pesquisas são poucas e a preocupação muito insignificante. A geração de lixo hospitalar apresenta risco potencial à saúde e ao meio ambiente, devido à presença de material biológico, químico , radioativo, perfurocortante. Esta necessidade apresenta ao administrador hospitalar a preocupação com o gerenciamento e as exigências legais. Também devemos acrescentar a falta de conhecimento sobre a segregação, manejo e desprezo dos resíduos hospitalares.

10 – Hospital

O hospital possui no conceito na Administração de Empresas como a organização mais complexa para administrar, conceito este formalizado em destaque por Peter Drucker. A geração de toneladas de resíduos é fruto das mais variáveis situações dentro da atividade de prestação de serviços de saúde não só pra providencias de coleta como até na possibilidade de acidentes de trabalhos com os colaboradores. Esta preocupação gera o desconhecimento e informações distorcidas e preocupação em medidas paliativa sem forma adequada a exigência, foco e solução.

 

Edison Ferreira da Silva

dredisonfs@uol.com.br

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Dr. Edison Ferreira da Silva

  • Direito – Universidade Braz Cubas – UBC
  • Administração – Faculdade de Administração Alvares Penteado – FAAP
  • Administração Hospitalar e Gestão de Saúde – Fundação Getúlio Vargas – FGV
  • Saúde Ambiental e Gestão de Resíduos de Saúde – Universidade Federal de Santa Catarina UFSC e Fundação Getúlio Vargas – FGV
  • Gestão e Tecnologias Ambientais – POLI/USP

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