Compostagem

O uso de resíduos orgânicos como adubo para as plantas se perde no tempo. Já no ano 43 da era Cristã, o filósofo Virgílio relatava em seu livro “As Geórgicas”, como restos de culturas e estercos animais amontoados se transformavam em material para ser aplicado nas terras de cultura e aumentar as colheitas. Na China e na Índia, a compostagem é uma prática “agro-sanitária” milenar.

Compostagem é a denominação que se dá para um processo de transformação de resíduos sólidos orgânicos não perigosos – restos vegetais e animais – em um adubo bom e barato. Os resíduos urbanos, ou seja, os restos de cozinha (vegetais e animais), de podas de jardins e de quintais, classificados como lixo domiciliar, dão por decomposição efetuada por microorganismos encontrados nesses mesmos materiais orgânicos, dois novos e importantes componentes: sais minerais contendo nutrientes para as raízes das plantas e húmus, material de coloração escura, melhorador e condicionador do solo.

O composto é um fertilizante bom, pelas suas excelentes qualidades, melhorando as propriedades físicas, químicas e bioquímicas do solo. É barato por ser produzido a partir de matéria-prima praticamente sem valor, descartada como lixo. Pelo fato de se produzir composto com resíduos de baixo ou nenhum valor econômico, pode-se adubar as plantas com doses consideradas elevadas.

Para a produção de um composto de lixo com aspecto atraente, convidativo, para o agricultor comprá-lo e aplicar em suas lavouras, é importante evitar a presença de partículas grosseiras, de cacos de vidro, de louça, pedaços de plástico, pedrinhas e outros contaminantes que podem ser removidos com uma boa catação e um peneiramento final do produto acabado. Fala-se que o lixo pode conter metais pesados, tóxicos para as plantas e para quem delas se alimentar. Os metais pesados são encontrados com freqüência em materiais coloridos presentes no lixo urbano, tais como revistas, etiquetas, borrachas, plásticos, tecidos, entre outros. Adotando-se o sistema de descarte seletivo domiciliar em lixo seco e lixo húmido, neste último recipiente estão incluídos os restos de cozinha, não será detectada quantidade significativa de metais pesados.

Em 2010, cerca de 4 %, do lixo sólido orgânico urbano gerado no Brasil foi reciclado. (“compostado”). Em termos absolutos tem-se 211 municípios brasileiros com unidades de compostagem, sendo que os Estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul  possuem a maior concentração , 78 e 66 unidades respectivamente.

No Brasil, esses componentes orgânicos somam cerca de  51% do peso do lixo coletado. Nos Estados Unidos representa 12% , Índia 68% e França 23%. As variações são as seguintes: quanto mais desenvolvido o país ou mais alta é a classe social, menor é a proporção de resíduos orgânicos compostáveis e, maior a de recicláveis (papel, papelão, vidro, metais e plásticos).

 

Fonte: CEMPRE – WWW.cempre.org.br

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Dr. Edison Ferreira da Silva

  • Direito – Universidade Braz Cubas – UBC
  • Administração – Faculdade de Administração Alvares Penteado – FAAP
  • Administração Hospitalar e Gestão de Saúde – Fundação Getúlio Vargas – FGV
  • Saúde Ambiental e Gestão de Resíduos de Saúde – Universidade Federal de Santa Catarina UFSC e Fundação Getúlio Vargas – FGV
  • Gestão e Tecnologias Ambientais – POLI/USP

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