O Brasil está envelhecendo rapidamente, com mais de 36 milhões de brasileiros acima de 60 anos atualmente, e previsão de ser a sexta nação mais velha do mundo até 2050, segundo o IBGE. Este crescimento demográfico traz desafios e oportunidades, conforme destaca o estudo “FDC Longevidade 2024: Investimentos sociais privados” da Fundação Dom Cabral (FDC).
Apesar do rápido envelhecimento, os idosos ainda são invisíveis em muitos investimentos sociais. Apenas 26% das empresas destinam recursos ao Fundo Nacional do Idoso, enquanto 64% utilizam leis de incentivo fiscal à cultura. Em 2022, apenas 19% dos municípios brasileiros tinham fundos de idoso regularizados, mostrando uma falta de preparo e subvalorização das oportunidades oferecidas pelo envelhecimento populacional.
O estudo da FDC revela que apenas 10% dos R$ 4,8 bilhões investidos em investimentos sociais privados no Brasil em 2022 foram destinados a leis de incentivo fiscal, com uma parcela mínima para a população 60+. No entanto, o envelhecimento populacional representa uma grande oportunidade para as empresas. Leyla Vallias, cofundadora do Data8, alerta que as empresas que não se adaptarem para atender ao público idoso correm o risco de se tornarem irrelevantes, destacando que os consumidores 50+ já movimentam trilhões.
No estado de São Paulo, os idosos representam 17,4% da população, cerca de 7,73 milhões de pessoas. Santos lidera o ranking das cidades paulistas com maior proporção de idosos, enquanto a capital São Paulo possui 5.095 centenários, sendo a segunda cidade com maior número de pessoas com 100 anos ou mais no Brasil. Paula Simões, vice-presidente da FDC, e Michelle Queiroz Coelho, coordenadora do FDC Longevidade, enfatizam a importância de estudos sobre a longevidade e o Fundo do Idoso para canalizar recursos destinados a projetos para idosos.
Fonte: Seja Relevante da FDC.
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Estudo identifica falta de preparo do mercado para idosos no Brasil (observatorio3setor.org.br)