Em debate promovido pelo Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara, especialistas asseguraram que a inteligência artificial vai ter impacto diferente sobre as diversas categorias profissionais. Segundo o gerente de Unidade de Inteligência de Mercado do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo, Marcello Luiz de Souza Junior, trabalhadores técnicos de nível médio e de ocupações administrativas correm maior risco de perder o emprego.
Para profissionais de nível superior e em postos de gerência a inteligência artificial poderá trazer ganhos, de acordo o representante do Senai. Para que isso ocorra, no entanto, esses profissionais terão de saber utilizar a nova tecnologia para tornar a própria atuação mais eficiente.
O pesquisador associado do Cappra Institute for Data Science Tiago Manke ressaltou que, para as categorias que podem se beneficiar da inteligência artificial, o mais importante passa a ser a capacitação permanente. Segundo Tiago Manke, estudo do Fórum Econômico Mundial com mais de 800 empresas mostrou que as duas principais habilidades exigidas hoje dos profissionais são pensamento analítico e pensamento criativo. O uso de ferramentas de inteligência artificial aparece apenas em terceiro lugar.
Os especialistas ressaltaram também que o país precisa dar prioridade aos trabalhadores em maior risco de perderem o emprego devido às mudanças tecnológicas. Eles defenderam que o Estado tem de desenvolver políticas públicas que permitam identificar as melhores oportunidades de recolocação no mercado e oferecer a qualificação necessária a essa reinserção profissional.
O debate sobre foi mediado e o estudo Inteligência Artificial, Inclusão Digital, Automação do Trabalho, Empregabilidade e Previdência, realizado pelo Centro de Estudos e Debates Estratégicos.
Da Rádio Câmara, de Brasília, Maria Neves
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