O que estamos percebendo nos últimos tempos é de fato que há uma crise sem precedentes na questão da sobrevivência dos planos de saúde. Os levantamentos demonstram que a permanência destes produtos no mercado sugere-se uma avaliação importante de mão dupla. Pelo lado das empresas, reflete-se a realidade de diagnósticos sofisticados e tecnologia avançada, cujo valor de custos são de fato uma grande preocupação de permanência de benefícios ao cliente. Pelo usuário as questões de custeio do plano de saúde esbarram na atual conjuntura política e econômica do país diante da discussão do aumento de valores de mensalidades e a exclusão de certas coberturas. Ademais há um outro ponto deste processo de sobrevivência entre o prestador de serviços e do cliente de plano de saúde – o médico.
Estas profissionais não mais possuem interesse na prestação de serviços médicos para Planos de Saúde face o baixo valor pago pela remuneração das consultas. O levantamento de Associação Paulista de Medicina – APM relata que a metade dos consumidores indica que as operadoras além de dificultar a agenda de consultas não cumprem grande parte dos compromissos acordados em Contrato. Por sua vez a mesma associação informa que 58% dos médicos reclamam do valor de consultas pagas pelos Planos de Saúde.
A Associação Brasileira de Planos de Saúdes ABRAMGE informa que as despesas dos planos de saúde devem superar as suas respectivas receitas e este cenário implica na sobrevivência dos planos diante das questões insustentáveis de permanecia no mercado. Saliente-se que recentemente foi abortado proposta para que os usuários de planos com a possibilidade de aumento de eventuais coparticipações de até 40% pelos clientes, bem a normativa defendia alguns critérios de franquias em convênios médicos. No entanto a mídia e a sociedade mobilizaram-se para que a Agencia Nacional de Saúde revesse e sendo cancelado a proposta.
Dados publicados no Jornal Estado de São Paulo revelam dados interessantes os usuários de Planos de Saúde, manifesta que há queixas dos usuários e dos médicos, sendo que 68% os planos dificultam procedimentos de maior custo. Os planos em 52% não cumprem todas as regras do Contrato Firmado entre as partes. Os exames demoram em média 47% para serem agendados. Os profissionais deste processo de assistências de saúde revelam que 52% dos planos colocam certas restrições da atuação do profissional médico, revela-se ainda que em 52% pressiona-se os médicos para reduzir o tempo de internação, além das questões de repasse de valores já mencionado anteriormente.
Fonte: Jornal Estado de São Paulo
Edison Ferreira da Silva