Por trás do entusiasmo crescente pelo uso da inteligência artificial (IA) no setor de Recursos Humanos (RH), há uma questão que parece pouco discutida: o que levou essa área a se tornar um dos principais polos de investimento em automação e inovação tecnológica? Mais do que uma busca por eficiência operacional, o fenômeno pode ser interpretado como uma resposta direta a um sistema em crise, no qual profissionais enfrentam sobrecarga e esgotamento.
O RH sempre foi um setor paradoxal. Apesar de ser o guardião do bem-estar organizacional, frequentemente opera com recursos escassos, estruturas frágeis e demandas intermináveis. Uma pesquisa recente realizada pela Flash People revelou que 90% dos profissionais da área se sentem sobrecarregados, com 59% relatando níveis elevados de pressão.
O futuro, então, não depende apenas da tecnologia, mas da forma como ela será integrada ao cotidiano corporativo. Investir em IA é uma decisão estratégica, mas não pode ser um fim em si mesmo. Para que o setor realmente se transforme, é necessário um esforço conjunto para equilibrar inovação com cuidado, eficiência com empatia e automação com humanidade. A verdadeira revolução não virá apenas da inovação, mas da maneira como as empresas escolhem utilizá-la para valorizar o trabalho humano.
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