Rotatividade de Mão de Obra na área de Saúde

Os processos de profissionalização possuem época de sazonalidade e no decorrer dos tempos a prematura necessidade de inserir no contexto dos estudantes formas de sustentar-se economicamente. Ao longo do tempo identificamos que jovens eram sedentos por atuar na área de contabilidade, posteriormente com avanço tecnológico à opção por cursos e profissionalização na área de informática passou a ser uma síndrome dos jovens. Na área de saúde diante da necessidade de mão de obra especifica deste seguimento, os cursos de Auxiliares de Enfermagem proliferam na formação destes profissionais. Em que pese à necessidade de outras qualificações profissionais á área de enfermagem é mais evidente.

As demais áreas administrativas e de apoio (recepção, higiene e limpeza, controle de acesso, manutenções e etc) possuem mercado de trabalho menor, diante da necessidade de experiências especificas, mas que na inclusão destes serviços na área hospitalar, com o tempo familiariza-se com as rotinas e o ambiente de trabalho diferenciado. Ademais, também não devemos esquecer-nos de algumas profissões técnicas como Farmacêuticos, Fisioterapeutas, Psicólogos, Nutricionistas e outras que possuem um campo de trabalho mais especifico no ambiente de prestação de serviços de saúde, mas são necessários para a assistência a saúde.

O que observamos que a atuação profissional no seguimento hospitalar a cada dia é mais concorrido entre as entidades e os trabalhadores vivenciam a necessidade de melhorias salarias e até mesmo benefícios. A retenção de mão de obra é o grande desafio dos Gestores de RH, que na habilidade de captação de mão de obra, descrevem necessidades e descrição de perfil profissional para atuação na área da saúde. No entanto, diferencia-se de outros seguimentos econômicos, pois a atividade esta relacionada com a preservação da saúde e da vida humana.

Os percalços advindos das condições estruturais, econômicas e técnicas descrevem a necessidade constante de processos de capitação constante. Considerando apenas o seguimento de enfermagem, detectamos que em muitos casos a quantidade expressiva de escolas profissionalizantes, mas com grandes dificuldades de campo de estágio prático. Sendo zeloso e fundamentalmente a necessidade de integração e treinamentos específicos.

Neste sentido observa se que grande índice de reprovação nos processos seletivos são condições mínimas do aprendizado, como fazer contas de adição e subtração, fundamental para os processos de dosagem de medicamentos. Em testes do aprendizado na enfermagem, az vezes um aluno executa a prática e os demais apenas observam. Ora, na prática terão grandes dificuldades e as entidades não possuem tempo suficiente para este processo de capacitação fundamental ao exercício da função, ensejando a possibilidade de erros cruciais à assistência do paciente.

Ao passar do tempo, habilidades e experiências adquiridas proporciona almejar outros vínculos empregatícios e a opção por diferença mínimas de remuneração para mudança de emprego. Nas áreas de apoio idêntico processo de necessidade de mão de obra, haja vista que o cidadão desempregado, se optar em trabalhar com vinculo, esta afeito a adquirir qualquer vinculo “qualquer serviço, serve estou precisando trabalhar” (sic). No decorrer da sobrevivência, existe a possibilidade de um novo vinculo, muitas vezes em sua profissão de origem, outras por questões de benefícios (assistência médica e etc) e a grande possibilidade de obter o seguro desemprego.

Neste aspecto, as entidades de prestações de serviços de saúde possuem dependência econômica do poderes públicos cujo orçamento escasso inibe a inclusão de salários adequados e benefícios que possa assegurar a mão de obra por maior tempo. Consequentemente a vida é eterna em diminuir a rotatividade com incremento de treinamentos na experiência, fuga triste, pois apenas prepara-se a mão de obra para outros concorrentes.

Este processo atual enseja o fato que não está sendo atraente aos jovens trabalhadores o exercício do mister na área de saúde tão desgastada diante a politica de custo dos Hospitais, quer ser seja privado, publico ou filantrópico. A rotatividade é evidente e não existe mágica para reposições imediata, pois existe politicas governamentais que muitas vezes inibe o interesse em manter um vinculo que determina hierarquia e cumprimento de uma jornada de trabalho.

A criatividade do Gestor de Pessoas é inserir no contexto a motivação no exercício da profissão nobre de dar assistência àqueles que dependem desta atividade profissional.

 

Dr Edison Ferreira da Silva

dredisonfs@uol.com.br

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Dr. Edison Ferreira da Silva

  • Direito – Universidade Braz Cubas – UBC
  • Administração – Faculdade de Administração Alvares Penteado – FAAP
  • Administração Hospitalar e Gestão de Saúde – Fundação Getúlio Vargas – FGV
  • Saúde Ambiental e Gestão de Resíduos de Saúde – Universidade Federal de Santa Catarina UFSC e Fundação Getúlio Vargas – FGV
  • Gestão e Tecnologias Ambientais – POLI/USP

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