“Indicadores de saúde são parâmetros utilizados internacionalmente com o objetivo de avaliar, sob o ponto de vista sanitário, a higidez de agregados humanos, bem como fornecer subsídios aos planejamentos de saúde, permitindo o acompanhamento das flutuações e tendências históricas do padrão sanitário de diferentes coletividades consideradas à mesma época ou da mesma coletividade em diversos períodos de tempo” (Rouquayrol, 1993).
A atual situação do sistema de saúde do país tem proporcionado inúmeros questionamentos de desempenho dos serviços. As atividades de prestação destes serviços são imprescindíveis para a caracterização de uma gestão profissionalizada e de confiabilidade no cenário a qual esta inserida. Assim tanto faz a observação do ambiente interno como externo estes são fundamentais nas informações. Neste contexto os indicadores são de fato instrumentos importantes sobre a gestão e demonstram o monitoramento da Instituição de saúde.
Com estes dados é possível a acompanhar o alcance de metas, identificar avanços, melhorias nos processos de qualidade, a importância de correção de problemas e suas respectivas alternativas de mudanças. Dessa forma os indicadores servem para:
- Mensurar os resultados e gerir o desempenho;
- Embasar a análise crítica dos resultados obtidos e do processo de tomada decisão;
- Contribuir para a melhoria contínua dos processos organizacionais;
- Facilitar o planejamento e o controle do desempenho;
- Viabilizar a análise comparativa do desempenho da organização.
Na área de saúde, devemos destacar que os indicadores são medidas que contêm informações relevantes sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como sobre o desempenho do sistema de saúde. Desta forma vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de saúde. Os indicadores de saúde foram desenvolvidos para facilitar a quantificação e a avaliação das informações produzidas com tal finalidade (OPAS 2002).
Neste contexto o principio básico deste texto não é descaracterizar conceitos dos indicadores de saúde, mas evidenciar a importância dentro da Instituição à formatação de indicadores sobre a gestão de pessoas, suprimentos, manutenções, financeiros que podem e são elementos fundamentais para a Gestão da Administração de entidade de saúde.
As entidades ainda não estão preparadas para a formatação de indicadores de desempenho, vez que há uma preocupação com o resultado imediato de sobrevivência. Esta concepção errônea demonstra a necessidade de amadurecimento dos gestores com relação à observação de dados importantes de mensuração da gestão administrativa de forma adequada, espontânea e que propicie sua análise e a tomada de decisões. Ao analisar as entidades filantrópicas, observa-se que está situação é premente, mas a insuficiência de custeio para a manutenção do equipamento sobressai às medidas de resolução imediata para a sobrevivência e não sobre a eficiência de resultados futuros.
A criação e a visualização de resultados sobre o desempenho da politica de gestão de recursos humanos é de fato uma das necessidades para maior despesa da Instituição, a folha de pagamento. A observação dos índices de tou nover, a quantidade de afastamentos, a rotatividade são análises importantes dos custos de reposição, seleção, treinamento e a importância de manter mão de obra dedicada e especializada.
Em outra ponta e o que não há uma observação contundente são os processos de controles e manutenções de equipamentos. Neste sentido a introdução de profissionais que possam assumir as condições de Engenharia Clinica ainda são simplórios, inexistem controles de capacidade de demanda, instalações, cronogramas de manutenções e sua respectiva obsolescência para investimento de substituição. Os avanços tecnológicos requerem observações de desempenho e suas capacidades de produções, agregado ao fato das exigências legais quanto à segurança e medicina ocupacional, bem como as exigências sanitárias.
Destaca-se ainda a questão do controle de custos e rateios das despesas nos serviços de apoio e suas alocações adequadas que possam propicia a visualização das despesas de um determinado serviço. Vejamos uma pergunta simples, qual o custo da concessão de refeições aos pacientes e funcionários? É de fato uma incógnita para o processo de avaliação do rateio e suprimentos para o objetivo do Serviço de Nutrição e Dietética.
Por fim, destacamos o mínimo de necessidade de criação de indicadores os quais são e formam uma concepção de comprometimento administrativo com a relação de custo e beneficio tão importante para a sobrevivência das unidades de saúde.
Dr. Edison Ferreira da Silva