“Seres humanos são mais do que históricos médicos. Cada aspecto da nossa saúde é profundamente influenciado por nossos 5 comportamentos fundamentais diários: sono, alimentação, movimento, gerenciamento de estresse e conexão social. Ao usar o poder da hiperpersonalização, podemos melhorar significativamente esses comportamentos.
Estamos construindo um coach de saúde em IA hiperpersonalizado que estará disponível como aplicativo móvel. Ele será treinado na melhor ciência revisada por pares, bem como nas metodologias de mudança comportamental, como os Microsteps, que são pequenos atos diários que cumulativamente levam a hábitos mais saudáveis. Ele também será treinado em dados biométricos pessoais, laboratoriais e outras informações médicas que o usuário escolha compartilhar”.
Esse é um trecho do artigo-anúncio de Sam Altman (CEO da OpenAI) à revista TIME, publicado em 07/07, apresentando o projeto “Thrive AI Health”, uma iniciativa conjunta da OpenAI Startup Fund e da Thrive Global. Talvez seja o mais ousado “App em Saúde” já desenvolvido pela biosfera digital. O projeto não é uma ação altruísta, mas uma iniciativa centrada em um dos maiores mercados de serviços do mundo: a saúde. Nenhuma tecnologia digital foi mais utilitarista (maior benefício em saúde para o maior número possível de pessoas) e pervasiva (se espalha por diferentes camadas e ambientes) para a saúde populacional do que os Aplicativos de Saúde, uma indústria que gerou US$ 3,43 bilhões em 2023 (aumento de 9,9% em relação ao ano anterior). Quem são os potenciais clientes dessa nova geração de healthcare-apps? A resposta é tão ingênua quanto real: 8,3 bilhões de seres humanos, uma legião de pacientes que se engalfinha diariamente nos Sistemas de Saúde (públicos e privados) repletos de insuficiências e entraves.
Em 2023, havia 311 milhões de usuários consumindo aplicativos de saúde (com mais de 379 milhões de downloads). Quase “1 milhão desses apps foram instalados por dia em 2023”, um aumento de 42% em relação a 2019.
Os Monitores de Pressão Arterial ou de Saúde Cardiovascular alcançaram um crescimento astronômico de downloads (mais de 500% em 2023, comparado a 2019). Em termos de usuários ativos, o Apple Fitness tem o maior número deles, com 115 milhões (aproximadamente 29% de participação no mercado de fitness-apps), sendo o Apple Watch (smartwatch) o mais popular.
Em termos de ‘uso de aplicativos’ (não só para saúde), o Brasil está no topo da pilha, com pessoas gastando mais de cinco horas ao dia em apps (fonte: data.ai). Já é o quarto maior mercado em termos de downloads e deve ultrapassar os EUA até 2025, ficando atrás apenas da Índia e da China. Em 2023, foram baixados no país cerca de 10,2 bilhões de aplicativos, contra 8 bilhões em 2019. Obviamente, a classe de Apps mais recorrente no país são games e não saúde.
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